Colégio La Salle

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Algumas historias contadas pelo povo de Botucatu,sobre o nosso antigo Futebol de Botucatu

Alguns contos da historia do Futebol de Botucatu.

Nas décadas de 20 e 30, Botucatu contava com grandes equipes de futebol amador, sendo que já existia grande rivalidade entre os bairros, com torcidas motivadas, lotando as laterais dos campos de terra, existentes na cidade para assistirem às partidas.

Naquele tempo, o futebol era festa obrigatória aos domingos, dominando e contagiando os torcedores, fazendo com que os dirigentes dos clubes organizassem cada vez mais suas equipes, tanto no visual como na técnica.

Como não existia liga de futebol, uma comissão de aficcionados organizava os campeonatos da cidade, sendo que as preliminares eram disputadas entre as equipes infantis e juvenis de cada clube, o intento era a revelação de novos craques para os plantéis principais.

O clube mais antigo e bem organizado era o da Associação Atlética Botucatuense (Fundado em 1918) que já possuía o seu patrimônio: um campo de futebol gramado, cercado de madeira, com arquibancadas e gradil, pintado com as tradicionais cores preta e branca, e a maior concentração de torcedores residentes na parte central da cidade.

Tudo isso levou a integrar-se ao profissionalismo como representante de nossa cidade, nos campeonatos dirigidos pela Federação Paulista de Futebol.
Enquanto tudo isso acontecia na parte alta da cidade, na baixada algumas equipes formadas por categorias de ferroviários utilizavam como campo de futebol a área de um terreno baldio pertencente à Fazenda da Mitra Diocesana, na Vila São Lúcio, próximo às margens da via férrea.

Nesse local eram realizados os treinos e as disputas de campeonatos organizados pela classe ferroviária, onde se defrontavam as equipes do Depósito de locomotivas, Estação, Armazém de Carga, Truqueiros e a Chefia, para a qual ninguém gostava de perder.

Algumas vezes, dessas equipes formavam-se as seleções “A” e “B”, que se defrontavam com as equipes de ferroviários visitantes, vindas de cidades vizinhas, como Avaré, Bernardino de Campos, Ourinhos, São Manuel, Lençóis Paulista e até mesmo de Mairinque e de Sorocaba. Nessas ocasiões, as torcidas se uniam, comparecendo pessoas de todos os cantos da cidade: Vila Maria, Vila Jaú, Vila Ema, Bairro Alto entre outras. Mas a maioria dos torcedores vinha mesmo da Vila dos Lavradores, onde se encontrava o maior número das famílias de ferroviários. Isso era, sem dúvida nenhuma, uma verdadeira festa de confraternização da classe.

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